Enquanto a Alfândega impede a saída de pedras preciosas…
…deixamos que saiam os cérebros de nossos cientistas. A comparação feita pelo até então senador Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque, em...
O imaginário coletivo sobre a ciência é povoado por personagens saídos diretamente dos estúdios de Hollywood. Mas quanto de realidade há na ficção?
Detrás de uma bancada alta de azulejos, trajando um jaleco impecavelmente branco e óculos de proteção em acrílico, o homem observa com atenção cirúrgica o microscópio à sua frente enquanto faz anotações em sua prancheta. O cheiro de álcool 70% domina o ar frio do laboratório, reforçando a sensação de limpeza e esterilidade do ambiente controlado. Equipamentos de formatos complexos e apetrechos de dimensões variadas se empilham em prateleiras e gavetas de aço inoxidável. Em seu trabalho solitário, o silêncio do homem é ocasionalmente quebrado pelo borbulhar de alguma substância de aparência tóxica em um tubo de ensaio ou pelo farfalhar das folhas em que escreve seus apontamentos.
O imaginário coletivo acerca dos cientistas frequentemente contém um desses elementos, senão todos. O senso comum é reforçado pelas representações em filmes e desenhos animados, que se valem do arquétipo do pesquisador maluco, de olhos esbugalhados e cabelos desgrenhados, com inclinações vilanescas e devaneios megalomaníacos de dominação mundial.
A visão hollywoodiana sobre o assunto não poderia ser mais deturpada e distante da realidade. Como todo estereótipo, tal imagem é reducionista, caricaturizando uma profissão cuja missão consiste em decifrar os mistérios do funcionamento do mundo para, justamente, ajudá-lo a funcionar melhor.
Deixemos Victor Frankenstein, Doutor Octopus e Rick Sanchez em seus laboratórios, onde realizam toda sorte de experimentos bizarros. Saindo da ficção rumo ao mundo real, vamos adentrar os bastidores da pesquisa científica no Ceará: dar rosto aos nossos cientistas, aprender sobre seus objetos de estudo, conhecer suas dificuldades e celebrar suas conquistas.
Boa pesquisa!
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De caráter intrinsecamente transformador, a ciência possui grande impacto social e a divulgação científica assume papel essencial.
Os investimentos públicos são essenciais para o avanço nas pesquisas. No entanto, o Brasil enfrenta grandes gargalos orçamentários.
A inovação é a porta de entrada para o progresso. E a ciência tem um papel fundamental para a melhoria da vida em sociedade.
Em um país que enfrenta entraves na valorização da ciência, os pesquisadores do Ceará são referência por seu pioneirismo e inovação.